Intitulado Monitor BT, o projecto, pioneiro em Portugal, visa investigar e desenvolver funcionalidades avançadas de monitorização e controlo da rede eléctrica de Baixa Tensão, sob o paradigma das Smart Grids.

O projecto Monitor BT, iniciado em 1 de Junho 2013 e com fim previsto para 31 de Maio 2015, encontra-se já em plena fase de desenvolvimento de hardware e de software.
Visa monitorizar a rede de Baixa Tensão (BT) através de sensores inteligentes e efectuar o controlo dinâmico de potência dos microprodutores de fonte renovável fotovoltaica através do recurso a controladores e contadores inteligentes (smart meters).

As funcionalidades compreendem a detecção e localização automática de defeitos na rede eléctrica BT, de iluminação pública e de luminárias fundidas e o controlo dinâmico de potência injectada na rede por parte de microprodutores fotovoltaicos, a fim de contribuir para a regulação de tensão. São assim claros os benefícios, entre outros, quanto à qualidade de serviço, com maior orientação ao utente final, e à agilização da actuação dos piquetes de manutenção, com economia de recursos (combustível, mão-de-obra), visando uma economia “verde”.

A equipa de projecto é responsável pela realização de actividades de investigação e de desenvolvimento da rede de comunicações e de sensorização da rede eléctrica BT, bem como de algoritmia avançada para monitorização e controlo da rede BT, a qual passará a estar provida de inteligência, segundo os objectivos das Smart Grids.

Todos os desenvolvimentos serão integrados em dois demonstradores, um numa rede BT real da EDP Distribuição, sita na zona da Batalha, e outro em laboratório.

Este projecto, pioneiro em Portugal, servirá de referência a projectos futuros, no nosso país e noutras geografias onde for objectivo estender práticas e soluções de automação e controlo tão a jusante da rede eléctrica quanto possível, nomeadamente até às redes BT.

O projecto Monitor BT com um valor total de investimento previsto superior a 1 M€ e uma percentagem de comparticipação de cerca de 65%, é apoiado pelo QREN, sendo financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional de Factores de Competitividade (COMPETE).